Origem
O filósofo grego Diógenes, que viveu em Oenoanda – hoje Oinoanda, na Lycia, sudoeste da Turquia – mandou talhar em pedras, por volta de 120 d.C., num muro da cidade, para que todos pudessem ver, quatro máximas, que ficaram conhecidas como TETRAPHARMAKON (1).
São afirmações sintéticas, inspiradas na filosofia de seu mestre Epicuro (341 -270 a.C.) propostas como resumo da sabedoria humana. Quatro remédios para a felicidade:
- Não há o que temer quanto aos deuses;
- Não há necessidade de temer a morte;
- A felicidade é possível;
- Podemos escapar à dor.
A muralha, de cerca de 80 metros de comprimento por quase 4 de altura chamava a atenção de todos os transeuntes , cidadãos de Oenoanda (2) ou visitantes . Nela estavam gravados muitos outros ensinamentos de Diógenes, além dos TETRAPHARMAKON, inspirados em Epicuro (3).
Estima-se em 25.000 palavras ali talhadas, das quais apenas um terço foi recuperado até agora.
A descoberta do sítio arqueológico (4) e a identificação da cidade de Oenoanda foram realizadas por exploradores britânicos em 1840 e o primeiro plano da cidade foi publicado em 1847.
Um novo capítulo na história da pesquisa de Oenoanda foi aberto em 1968 , quando Martin Ferguson Smith começou investigações na área , focalizando as inscrições de Diógenes.
Questões
Dois mil anos se passaram desde que foi pensado, proposto e gravado o que se convencionou chamar de Tetrapharmakon.
Qual seria o Tetrapharmakon de cada um dos sistemas religiosos, que marcam nossos tempos: Cristianismo, Islamismo, Budismo e Judaísmo?
Seria possível extrair deles um novo Tetrapharmakon, fiel no conteúdo, atual como resposta às necessidades humanas e moderno na forma, para dialogar com transeuntes virtuais, os internautas de hoje e de amanhã?
O que ousaríamos mandar esculpir, fundir ou digitar para a reflexão de qualquer homem, em qualquer lugar deste mundo secularizado e multicultural?
Quais seriam as quatro propostas a serem postas à disposição dos interessados na web, portal de uma Oenoanda virtual?